Há momentos em que desejamos muito uma coisa, pensamos nela
com insistência e até sonhamos com o objeto desse nosso desejo.
Nessas condições, nada se torna mais importante para nós do que
obter ou atingir o que tanto queremos.
Ao mesmo tempo, esse instante de realização parece fugir
incessantemente, exigindo-nos testes sucessivos de paciência e
resignação.
A possibilidade de ultrapassar um limite, suplantar um recorde,
trabalhar com o que sempre sonhamos, estar com alguém que
admiramos, fazer uma viagem, passar num concurso, obter o
reconhecimento público para algo que tenhamos feito, são desejos
humanos que mobilizam energias e requisitam perseverança de
nossa parte.
Em todos os instantes da vida somos convidados, de uma forma
ou outra, a esperar.
Esperar não significa permanecer passivo, aguardando que tudo
aconteça sem que nada façamos. Esperar é prosseguir trabalhando,
administrando a própria ansiedade, reunindo melhores e maiores
condições para obtenção do que desejamos.
Na Natureza o fruto não antecede a flor, a colheita não ocorre
antes da semeadura e o nascimento necessita de fecundação. São
exemplos que nos ajudam a perceber que esperar não é sinônimo
de se acomodar, mas de respeitar a manifestação do tempo.
Se não perdermos de vista que tudo ocorre no momento certo,
principalmente quando fazemos a nossa parte, não deixaremos de
registrar os sinais que indicam a melhor postura a ser assumida.
Tudo o que chega fácil, sem que tenhamos nos esforçado muito
para obter, rapidamente se perde. Deus sabe o que é melhor para
seus filhos e sabe a hora certa de conceder-nos o que precisamos.
Torne mais doce a sua espera, trabalhando sempre, aceitando o
desafio de viver semeando e colhendo, repartindo conquistas e
compartilhando alegrias.
Do livro: Meditando com Você, de Cezar Braga Said.
